Inovação no Sertão: Estudantes Criam Luva que Estabiliza Tremores de Parkinson
Por CompartilharnaRede
Projeto desenvolvido por alunos da ETE Professor Paulo Freire busca melhorar a qualidade de vida de pacientes com Parkinson.
Descrição: Alunos da Escola Técnica Estadual Professor Paulo Freire, em Carnaíba, Pernambuco, realizaram uma luva chamada GrovETE para estabilizar tremores em pacientes com Parkinson. A invenção utiliza componentes eletrônicos e visa ser uma alternativa acessível para quem convive com a doença.
Introdução: No Sertão de Pernambuco, uma equipe de jovens inovadores da Escola Técnica Estadual Professor Paulo Freire desenvolveu um dispositivo que promete revolucionar a vida das pessoas com Parkinson. Trata-se da GrovETE, uma luva projetada para estabilizar os tremores específicos da doença, oferecendo uma solução mais acessível e eficaz. O projeto é fruto de um esforço coletivo de estudantes e professores, motivado pela busca de melhorias na qualidade de vida para quem sofre com essa condição degenerativa.
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O Desenvolvimento da GrovETE
O projeto da luva GrovETE nasceu dentro do clube de robótica da ETE Professor Paulo Freire. Sob a orientação dos professores Gustavo Bezerra e Carla Robécia, os alunos Felipe Santos, Gustavo Henrique, Danilo Lima e Rayane Morais dedicaram um ano ao desenvolvimento do protótipo. O dispositivo é composto por um motor de HD de computador, um driver eletrônico de velocidade (ESC), uma plataforma Arduino e uma fonte elétrica.
O professor Gustavo Bezerra explicou que a ideia surgiu a partir de uma necessidade pessoal. “Eu apresentei aos alunos a situação da minha mãe, que sofreu muito com Parkinson, e parti dos alunos a ideia de desenvolver alguma alternativa que pudesse sanar essa necessidade”, afirmou Bezerra.
Funcionamento da Luva
A GrovETE funciona através de um circuito eletrônico que utiliza um motor de HD, capaz de gerar uma rotação de mais de 7 mil RPM. Essa alta velocidade cria uma força estabilizadora nas mãos do usuário, reduzindo significativamente os tremores e permitindo a realização de atividades cotidianas com mais facilidade.
O protótipo é dividido em duas partes: uma luva de academia, que fixa o motor na mão, e uma proteção de celular, que abriga o Arduino, o ESC e o potenciômetro, fixados no antebraço. Apesar de ainda não ter sido testado em pacientes reais, o dispositivo está em fase de adaptação para funcionar com baterias, tornando-o mais portátil e eficiente.
Potencial de Impacto e Reconhecimento
Embora a GrovETE ainda precise passar por avaliações de um comitê de ética para testes em humanos, o potencial de impacto da luva é significativo. Se aprovado e comercializado, poderá ser uma alternativa acessível às opções disponíveis no mercado internacional. Atualmente, luvas similares podem custar mais de R$ 5 mil nos Estados Unidos, enquanto a GrovETE teria um custo aproximado de R$ 200.
O projeto já ganhou reconhecimento em diversas competições, conquistando o primeiro lugar na QCiência, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e na Ciência Jovem, promovida pelo Espaço Ciência. Além disso, ficou entre os 50 melhores projetos no Prêmio Solve For Tomorrow da Samsung e em segundo lugar no Startup Day, do Sebrae.
Resumo: A luva GrovETE, desenvolvida por estudantes da ETE Professor Paulo Freire em Pernambuco, representa uma inovação significativa no tratamento de tremores de Parkinson. Com um design que utiliza componentes eletrônicos reutilizados, o projeto busca oferecer uma solução acessível e eficaz para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O reconhecimento em competições científicas destaca o potencial do dispositivo, que ainda precisa passar por testes em humanos e adaptações para ser comercializado.
Conclusão: A iniciativa dos estudantes de Carnaíba demonstra o poder da educação e da inovação tecnológica para resolver problemas reais. A GrovETE não representa apenas um avanço no tratamento do Parkinson, mas também destaca a importância de projetos educativos que incentivam a criatividade e a aplicação prática do conhecimento. Com as devidas adaptações e certificações, essa luva tem o potencial de transformar a vida de muitas pessoas, tornando-se uma solução acessível e eficiente para quem convive com o Parkinson.
Fonte: Folha de Pernambuco