Google lançará turbinas voadoras para produzir energia eólica
Por CompartilharnaRede
Continua após a publicidade..
O Google revelou nesta terça-feira, 17, um novo projeto ambicioso do seu laboratório Google X. A empresa propõe um novo modelo de turbina eólica que não se parece nem um pouco com o que se conhece tradicionalmente, mas lembra bastante um avião não-tripulado. Na verdade, o Google chama a ideia de “pipa (papagaio ou raia, dependendo da região do Brasil onde você está) de energia”.
O projeto, apelidado de Makani, utiliza oito propulsores acorrentados a uma base no chão para decolar. Ao alcançar a altitude de 450 metros, o “avião” começa a fazer movimentos circulares no céu, o que faz os propulsores se moverem, transformando-se em turbinas individuais que conseguem enviar 600 kilowatts de volta para o chão. A ideia é utilizar o projeto para gerar energia limpa e barata.
Continua após a publicidade..
A empresa tem trabalhado no projeto há algum tempo após a aquisição da empresa Makani Power, em 2013. No entanto, as aeronaves de teste até hoje tinham no máximo 8,5 metros. Em abril, a empresa planeja testar pela primeira vez uma versão de 25,6 metros, com mais propulsores.
O projeto foi apresentado durante a SXSW em conferência apresentada por Astro Teller, chefe do laboratório Google X, que comanda as chamadas “moonshots”, os projetos mais ambiciosos da companhia. Ele explica também que ele recebeu uma ordem direta curiosa do CEO da empresa, Larry Page: “certifique-se de quebrar pelo menos cinco destas versões de teste”. A explicação pela torcida por equipamento danificado é simples. “O que ele quis dizer é que se você não está quebrando seu equipamento experimental pelo menos algumas vezes, você poderia estar aprendendo mais rápido. E ele está certo”, explica.
Continua após a publicidade..
Segundo ele, os testes foram conduzidos em ambientes com ventos agressivos, na região de Pigeon Point na Califórnia, uma das mais ventosas dos Estados Unidos. Lá, o vento pode variar em 32 km/h e mudar de direção em 90 graus em apenas um segundo. Mesmo assim, nenhuma turbina quebrou. “Nós falhamos em falhar. Nós não conseguimos colidir nenhuma vez”, conta.